quarta-feira, 11 de outubro de 2017

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Burning Sensations

Burning Sensations foi uma banda new wave formada em Los Angeles que atuou entre os anos de 1982 e 1987, seus grandes sucessos foram "Belly of the Whale" e uma bela versão para "Pablo Picasso" de Jonathan Richman.

The Jim Carroll Band

James Dennis "Jim" Carroll foi um escritor, poeta e músico punk estadunidense.

Carroll é conhecido por sua obra autobiográfica The Basketball Diaries de 1978, que foi adaptada para o cinema em 1995 e protagonizada por Leonardo DiCaprio, mas seus discos não ficam para trás, punk new wave de lamber os beiços como você pode conferir no hit "People Who Died".

Scott Goddard

Scott Goddard foi integrante da lendária banda punk americana Surf Punks, em 1984, já em carreira solo, lançou uma pérola new wave chamada "Your Fool", um disco altamente recomendado a admiradores do gênero, "Cowpunk" é um dos grandes momentos desse álbum.

sábado, 29 de julho de 2017

Pawns

Dark music post punk atual seguindo a velha escola vindo de Costa Mesa, Califórnia.


Time For Dreams

Esse duo australiano é excelente, climão de Bauhaus em versão feminina, aqueles barulhinhos geniais, "Bela Lugosi's Dead" e coisa e tal, tem que sacar ao vivo, sintam a vibe.

Jyrki 69

Banda formada por Jyrki Pekka Emil Linnankivi, vocalista da incensada The 69 Eyes.

The Exploding Boy

Banda sueca de post punk, logo de cara parece que vai entrar o Andrew dos Sisters, mas logo a coisa muda de tom e ganha mais personalidade.


sexta-feira, 30 de junho de 2017

Pere Ubu

Pere Ubu é uma banda de rock experimental vanguardista formada em Cleveland, EUA, em 1975. Ao longo da carreira, teve diversos membros diferentes com incontáveis formações, sendo que o vocalista David Thomas é o único constante. O nome da banda vem de Père Ubu ("Pai Ubu"), o protagonista de Ubu Roi ("Ubu, o Rei"), uma obra teatral e surrealista do escritor francês Alfred Jarry.

Devido a diversas brigas e desentendimentos, falta de apoio e sucesso restrito, a banda acaba se distanciando após lançarem cinco albuns, incluíndo o quase "dadaísta" The Art of Walking e o ultimo da época, Song of the Bailing Man. Após um longo hiato, eles retornam com uma nova formação em meados dos anos 90, inclinando-se sutilmente a um formato popular e exibindo alguns video-clipes na MTV.

A partir de 1995, a banda se transforma mais uma vez: volta as raízes experimentais sem deixar de lado o peso do rock. Desde então vem lançando discos elogiados pela crítica alternativa, como o aclamado The Lady from Shanghai de 2013.

O Pere Ubu surgiu após o Rocket From the Tombs, antiga banda de David Thomas, ter sido fragmentada. Alguns integrantes fundaram os Dead Boys, influente no recém-criado cenário do punk rock, que se mudou para New York para maior reconhecimento.

Na banda anterior, David já havia tocado com uma pessoa que seria decisiva em sua carreira, o guitarrista Peter Laughner, com quem compartilhava ideias peculiares sobre como um grupo deveria soar e sobre o que deviam tratar. Os dois se juntaram com Scott Krauss que assumiu a bateria e com Tim Writh, que nunca havia tocado antes, mas aprendeu a tocar baixo comprando um Dan Electro de seis cordas usado.

Scott e Peter dividiam, na época, um apartamento não muito longe de Allen Ravenstine, um músico que fazia experimentações estranhas com sintetizadores. Allen também morava com outra figura excêntrica, Tom Herman, que tinha um Morley Pedal Fuzz Wah e tocava quase todas as noites. Todos eles foram convidados e aceitaram em fazer parte do novo grupo em 1975.

Após alguns ensaios, debutaram ao vivo na véspera do Ano Novo, em um bar onde David trabalhava como porteiro. O show quase foi adiado porque Allen não podia tocar. Para a sorte da banda, Dave Taylor, um balconista de loja de discos e amigo da banda, tinha o mesmo EML sintetizador de Allen. Lá eles tocaram canções próprias, além de covers de Stooges, Velvet Underground e o clássico do Seeds, "Pushin' too Hard".

Peter conseguiu trazer o Television, de Tom Verlaine, para Cleveland e serviram como banda suporte. Além disso, David acabou conhecendo o novo vocalista dos Dead Boys, Stiv Bators. Dois meses depois, gravaram o primeiro compacto como Pere Ubu, 30 Seconds Over Tokyo, seguidos por Final Solution em 1976.

Ao se apresentar em alguns lugares, David Thomas, que era considerado uma pessoa fechada, começa a atrair os holofotes para sua pessoa, principalmente na maneira de teatralizar suas performances. Uma analise na época classificou a banda como "trabalho de garagem único, com uma dissonância artística e estranho experimentalismo".

Em Maio de 1977, Peter, um dos mentores de toda a concepção sonora, abandona o grupo alegando que desejava fazer um som mais psicodélico. Ele foi encontrado morto dias depois, vítima de uma overdose.

Meses depois, em 1978, Tim Wright também deixa a banda, entrando Tony Maimone em seu lugar. Desta forma surge o primeiro disco do grupo, The Modern Dance, direcionando críticas lineares ao homem industrializado e envolto de pessimismo lírico. Este album se torna notório dentro do circuito underground e décadas depois seria eternizado pela crítica.

Influenciado por diversos estilos musicais distintos, a banda já chegou a misturar cacofonia, ruído, jazz, rock'n roll, surf music, soul, funk, minimalismo, dentre outros. Antecipando a efervescência do punk rock e do pós punk, acabou também sendo um dos pioneiros e fundadores do chamado "som industrial".

Inicialmente o grupo tinha como objetivo expor as características caóticas do homem em meio ao holocausto industrializado; seus medos, rancores e paranóias, toda a convulsão da sociedade moderna. Assim definiram um núcleo de músicas-pesadelo: desconcertantes porém compostas com técnica e precisão, se encaixando num conceito único de harmonia. Sintetizadores atonais e riffs energéticos de guitarra se misturavam com técnicas que iam além da base convencional, usando desde ruídos à intervenções de música concreta, criando assim um equilíbrio entre acessibilidade e radicalismo.

A voz enlouquecida de David Thomas adiciona ainda uma característica de desespero e humor na composição, uma vez que ele canta com diversas entonações, explorando e experimentando características vocais (afinadas ou não) e até formas inovadoras ao lidar com gravações. Em certas músicas, por exemplo, ele salta as oitavas indo do grave ao agudo em questão de segundos, adicionando microtons que acabam por oscilar na definição das notas.

Caracterizados por terceiros como pós-punk, o termo foi utilizado para englobar todas as bandas que se diferenciavam por guardarem uma ideologia menos imediatista e mais vanguardista, intelectualizada. As preocupações estavam para além da reutilização de fórmulas prévias.

Era necessário olhar para frente, experimentar, dilatar o escopo sônico do rock. E, para isso, o artista não precisava seguir padrões musicais ou uma determinada linha cronológica, bastava que houvesse cumplicidade estética e ideológica através de performances teatrais, músicas diretas, mas de paisagens abstratas e letras satíricas, surreais.

Para definir sua música (e fazer piada com os jornalistas que queriam rotular o grupo), o Pere Ubu cunhou o termo Avant Garage para refletir o interesse de toda a cena experimental com o rock underground de garagem.






Digi

"Digi" foi uma obscura banda new wave existente no começo da década de 80 na Bósnia, no mínimo curioso.

White Heat

Banda formada no inicio da década de 80 em North East, Londres, tiveram curta duração mas chamaram atenção no underground graças ao sucesso de "Nervous Breakdown", uma das musicas prediletas do lendário DJ John Peel.

Dead Skeletons

Post punk bem psicodélico vindo da Islândia, difícil enquadrar em uma sonoridade específica, a banda existe desde 2008 mas até agora só conseguiu lançar um único disco.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

The Wedding Present

Lendária banda post punk formada em Leeds no ano de 1985, fortemente influenciados por grupos como The Fall, Buzzcocks e Gang of Four eles marcaram seu nome na história e serviram de inspiração a diversas outras bandas principalmente na criação do movimento shoegaze.

Apesar do culto eles tiveram várias interrupções em sua carreira, de 1985 a 1997 e retomando a partir de 2004, ao todo até aqui a discografia deles conta com nove álbuns lançados.



Lori & the Chameleons

Uma das bandas de new wave mais simpáticas da década de 80, formada em 1979 em Liverpool na Inglaterra, duraram muito pouco, cerca de 3 anos, possuíam uma fissura pela cultura Japonesa e outros países. mais exóticos, as cabeças por trás do projeto acabaram sendo fundamentais para vários expoentes da futura cultura pop musical inglesa como Bill Drummond do Justified Ancients Of Mu Mu, por exemplo.


The Wolfhounds

Banda de noise pop formada em Romford, Inglaterra em 1985, firmaram-se entre 1985 e 1990, voltando as atividades em 2005, fazem um som garageiro e um fato bem curioso é o quanto a sonoridade deles me lembrou da fase inicial do Nirvana, seria coincidência ou mais um disco que inspirou uma época de Kurt Cobain? prestem atenção nos acordes de guitarra, curioso não?

Furniture

Mais uma pérola escondida do cenário post punk, synthpop e new wave vindo da Inglaterra e que esteve na ativa entre os anos 1979 a 1991, ao todo lançaram 4 albuns e emplacaram um sucesso, a canção "Brilliant Mind", que você confere aqui.

Jeff Duff, a versão clássica de David Bowie Australiana.

Jeff Duff é um artista australiano do qual muito pouco se sabe na história geral, seus registros são completamente obscuros, mas lançou trabalhos bem interessantes no começo da década de 80, trabalhos bastante inspirados em Bowie principalmente, característica que o transformaram na versão australiana do cantor em que se inspirou, Jeff tornou-se uma lenda, algumas releituras tornaram-se pérolas do underground como no caso dessa versão de "Walk on the wild side" e outras outras que ficaram realmente sensacionais.





The Boys

Aproveitando o embalo hoje para relembrar grandes nomes que ficaram na obscuridade da fase inicial do punk rock, os The Boys", marcaram seu nome no underground, formaram-se em Londres e atuaram a pleno vapor entre 1976 e 1982, desse período a canção "First Time" tornou-se presença constante entre os maiores clássicos da era punk.

Retomaram as atividades em 1999 chegando a lançar um novo álbum em 2014.




The Scientists

Outra lenda do inicio da era punk rock, os "The Scientists" fizeram história na Austrália entre 1978 e 1987, seu período mais clássico, depois disso arriscaram algumas voltas, mas longe do brilho post punk, punk, power pop de seus trabalhos iniciais.

Nervous Eaters

A Nervous Eaters surgiu com a safra que começou a pipocar em solo americano a partir de 1976, pouco antes do clássico ano punk de 1977, por serem de Boston tiveram dificuldades de chegar ao foco da cena de Nova Iorque, levaram muito tempo para isso acontecer, gravaram vários singles mas ficaram a beira do caminho, mais um exemplo de excelentes bandas que só começaram a chamar a atenção depois de encerradas as atividade, como no caso da Death, de Detroit.



Rational Youth

Eles foram um dos nomes que representaram bem a cena new wave e synthpop no Canadá entre os anos de 1981 e 1986, conquistaram uma bela legião de fieis e até hoje volta e meia se reúnem para satisfazer a saudade de seus antigos fãs.

Death Index

Banda post punk americana que mete uma zoeira das boas em sua pegada, interessante e diferencial.

Muscle Before Paradise

"Muscle Before Paradise", banda post punk do atual cenário americano, eles são de Nova Iorque e na ativa desde 2014.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Freiwillige Selbstkontrolle

Freiwillige Selbstkontrolle, banda alemã que atuou entre a década de 80 até meados de 90, sonoridade divertida que variava do post punk ao new wave e sempre surpreendia com uma que outra bizarrice genial.

The Trilobites

"The Trilobites" foge um pouco do conceito característico do post punk, eles puxam mais para o power pop, mas tá valendo e muito, eles foram uma das bandas mais injustiçadas do gênero que ficou muito em evidencia na Australia durante a década de 70 e 80, no caso deles o período em atividade foi de 1984 a 1992.

Salamander Jim

Grupo lendário na Austrália liderado pelo malucaço Tex Perkins, Perkins tocou também em outras bandas aclamadas no underground de lá como a Beasts of Bourbon, Thug, James Baker Experience, The Butcher Shop e Tex, Don and Charlie,post punk punk doido.

Ed Kuepper

Ed Kuepper é uma figura lendária na Austrália, foi vocalista e guitarrista da clássica banda "The Saints", um dos ícones da cena punk dos anos 70.

Secret Discovery

Essa banda alemã já é figurinha carimbada do underground post punk pesado e darkwave, na ativa desde 1989 eles já contam com 18 discos lançados.


The Present Moment

"The Present Moment", banda vinda de Los Angeles e que faz um ótimo misto de synth com o coldwave minimalista.


Date at Midnight

"Date at Midnight" formou-se em ROma no ano de 2007, post punk gótico com belas sacadas de guitarra e cozinha bem diferencial.

Dr. Arthur Krause

"Dr. Arthur Krause' é banda de darkwave sueca filhotinha de Sisters of Mercy formada em 2001, não curto muito postar coisas similares demais, porem como eles deram uma evoluída para áreas mais post punk, considerei válido o post.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

The Lords of the New Church

"The Lords of the new church" com toda certeza foi um supergrupo que se encaixa no perfil post punk, não necessariamente no inicio de sua carreira, mas isso ficou bem evidente na continuidade dela, o vocalista Stiv Bators vinha dos famigerados Dead Boys, o guitarrista Brian James era do The Damned, o baixista Dave Tregunna pertenceu ao Sham 69 e o baterista Nicky Turner ao The Barracudas, todos eles marcaram fortemente o inicio da era punk rock inglesa e americana no meio da década de 70.

Mas durante a chegada dos anos 80, as coisas já estavam bem diferentes de quando começaram, o punk old school havia perdido sua força para o rock mais pop, para o new wave, o tecno pop, o new romantic e a darkwave e esses caras eram músicos ativos, influentes, precisavam fazer algo, algo diferente e a ideia de montarem uma banda entre amigos foi um pensamento instantâneo de que a união poderia ocasionar a força.

A ideia era misturar elementos, criar algo mais melódico sobre a veia do punk, desenvolver um rock 'n' roll mais sombrio, o primeiro álbum, homônimo, lançado em 1982 acertou em cheio, a banda conseguiu criar uma sonoridade e uma estética que influenciou muita coisa após sua estreia, "New Church" , "Open Your Eyes" e "Russian Roulette" caíram nas graças do publico, das radios e fizeram a banda girar.

Logo de inicio já foi nítida a preocupação da banda em soar diferente de suas origens, a musica era melhor produzida e todos eles tocavam com um grau de profissionalismo muito maior do que a displicência e anarquia que os colocou como ícones do punk em seus anos iniciais. Isso alienou muitos adeptos da cena hard core que começou a predominar na década de 80, mas deu aos Lordes uma base de fãs muito mais ampla e diversificada.

A gênese dos Lordes aconteceu em 1980, quando Bators e James, divididos de suas bandas anteriores, renovaram uma experiência que começou quando Dead Boys abriu para o Damned em datas no CBGB e uma turnê inglesa. Os dois passaram um tempo em jams experimentais arriscando outros ritmos, ensaiaram brevemente com o ex-baixista do Generation X, Tony James e o ex-baterista de Clash, Terry Chimes.

Bators e James não conseguiram tirar a ideia da cabeça e em 1981 começaram a ensaiar com a formação inicial do Lordes.

Embora pareça que a banda tenha assumido um ar bem mais controlado nessa nova experiência, Stiv Bators nunca deixou de lado sua performance habitual, os shows da banda chamavam muita atenção pela energia de seus músicos, Bators chegou a sofrer sérias lesões por suas doideiras inspiradas em Iggy Pop, sua maior influencia comportamental, um louco incurável do qual ninguém sabia arriscar quanto tempo mais sobreviveria.

"Is Nothing Sacred?" foi lançado em 1983, época de MTV, "Live for Today" e "Dance with Me" tornaram-se grandes sucessos e foi elevando ainda mais o culto em torno da banda, mas os excessos também.

"The Method to Our Madness", lançado em 1984 foi o disco mais gótico da banda, mais sombrio e o mais post punk de todos, "M[urder] Style" foi o carro chefe nesse trabalho, uma canção bastante inspirada no The Clash, a tour foi bem sucedida, mas a criatividade do grupo após esse álbum passou a escassear e a sequencia que se esperava acabou comprometida, o álbum seguinte "Killer Lords", de 1985, mostrava a banda um pouco menos inspirada e apenas uma versão de "Like a Virgin' da Madonna acabou sendo destaque no trabalho.

A partir de 1985 e banda começou a se desintegrar, cada um passou a seguir por outros lados, o distanciamento foi inevitável, era o fim da fase áurea dos Lordes.

Eles ainda tentaram alguns anos mais tarde retomar suas atividades, mudaram a formação, Bators estava com graves problemas de saúde devido a uma forte lesão nas costas, chegaram a fazer algo juntos e algumas apresentações também até que as possibilidades de futuros encontros dos Lordes foram anuladas quando Bators morreu em 1990 por lesões sofridas ao ser atropelado por um carro nas ruas de Paris.






ENTREVISTA COM BRIAN JAMES:

Brian James comenta sobre os últimos dias da banda e a tentativa de substituir Stiv em uma tour de "desespero".

Nos momentos finais da banda algumas coisas ficaram mal esclarecidas, principalmente quando procuramos outro vocalista para cumprir a agenda de uma tour europeia.

Nunca, absolutamente nunca tivemos a intenção de substituir Stiv, não, eu e ele havíamos começado a banda.

Mas sim, nós procuramos outra pessoa para substitui-lo apenas por um momento complicado que passavamos, isso chateou Stiv, e ele deixou bem claro quando no ultimo show de nossa banda usou uma camiseta com aquele anuncio estampado, banda procura vocalista...

O que aconteceu foi que Stiv estava muito doente, e nós queríamos ...tínhamos muitas dívidas com os impostos, estávamos quebrados e alguém nos ofereceu uma turnê pela Europa e achamos que essa tour iria nos salvar a vida naquele momento, você sabe.

Mas Stiv não estava em condições de fazer qualquer coisa, não havia interesse dele em cair na estrada, não naquele momento, ele estava com uma garota que nos causava problemas, era uma péssima influencia pra ele, ele passava por muitos problemas,e você sabe, ele é o tipo de cara que precisava se cuidar, se policiar, era uma questão de vida ou morte para ele e ele estava indo pelo caminho errado.

E então, por causa disso, foi muito difícil lidar com ele, então decidimos fazer esse tentativa com um substituto, telefonamos para um cara chamado Jim Jones, que estava cantando em uma banda chamada Thee Hypnotics.

E ele tinha voz suficiente e uma boa atitude e ele era o tipo de cara que se encaixava... e ele também era amigo de Stiv, ele conhecia Stiv, telefonamos para o empresario dele e dissemos: "Você acha que Jim pode se Interessar em uma espécie de substituição temporária para a Stiv, apenas para uma rápida turnê europeia? Vamos explicar o que está acontecendo...enquanto estivermos na tour convidaremos jornalistas e todas essas coisas, todos vão querer saber o que aconteceu, você conhece o nosso vocal, ele está doente, para não deixar as pessoas na mão temos de fazer essas gigs, pagar esses malditos impostos e outras dívidas que estamos acumulando". E então fizemos isso ... Nós tentamos com ele, mas ele não estava disponível, ele estava pronto para fazer uma turnê. Então eu e Dave começamos a falar e nós dissemos, "Ok".

Então tivemos a ideia de fazer uma audição, vários caras vieram, nós fizemos essa audição e foi uma piada, não havia nenhuma maneira de que qualquer uma daquelas pessoas pudesse estar nas botas de Stiv por dois segundos, você sabe o que quero dizer, ninguém era tão foda quanto ele.

Jogamos a ideia fora, mas não nos incomodamos em falar com Bators. Nós não dissemos nada a ele porque achamos que não havia porque, naquele momento não estávamos bem e isso só iria piorar as coisas, simplesmente deixamos isso de fora, mas um de seus amigos decidiu contar tudo para ele e, claro, Stiv ficou realmente magoado, mas na dele, quieto. Ele não nos disse nada.

Ensaiávamos e ele ficava lá, calado, você sabe o que quero dizer, não víamos a coisa como uma sacanagem contra ele, foi uma experiência, só isso, estávamos ferrados, ele não cooperava, nossas vidas estavam uma merda, sei lá...

Então marcamos um show, de qualquer forma e no bis Stiv entrou no palco com essa camiseta, o último show dos Lords que fizemos.

O engraçado era... na verdade, naquele tempo, em uma turnê anterior, minha esposa acabava de ter Charlie, meu filho , e eu disse: "Olhe, procurem alguém para me substituir para que eu possa estar em casa, só nessa tour" [isso nunca se tornou realidade].

Ele colocou a camiseta e andou com orgulho, mostrando-se a todos e pensamos: "porra, não tivemos a chance de explicar que não tinha sido nada demais. Foi muito, muito triste, você sabe. Foi uma maneira triste para os Lords saírem de campo, mas ao mesmo tempo fazia sentido, porque sempre houve algum tipo de controvérsia em torno da banda.

SOBRE A COMPARAÇÃO DE STIV BATORS E IGGY POP.

Acho que fui o único cara que tocou com Stiv e Iggy, conheci muito bem os dois, sim, Stiv era apelidado como "Filho de Iggy". Compará-los é realmente muito difícil. Quero dizer, o Iggy fez isso primeiro,então é isso.

Stiv era, obviamente, um grande fã de Iggy, mas, ao mesmo tempo, desenvolveu o seu próprio estilo, ele se tornou sua própria versão ... Ambos foram excelentes em seus próprios caminhos. Quando eu estava trabalhando com Iggy ... Iggy já tinha andado por tudo e teve seus altos e baixos aos montes, mais do que eu tinha. Naquela altura da vida de Iggy eu o sentia muito básico. Um cara muito calculador. Então, com Stiv eu também via algo ser calculado, mas feito sempre daquela forma mais The Stooges, em todos os sentidos, não havia mudado muito desde que vi os Dead Boys pela primeira vez, não como pessoa.

Iggy soube como tornar-se um personagem e separa-lo da vida real, isso salvou sua vida, ele conseguiu escapar da própria auto destruição que poderia tê-lo matado naqueles anos iniciais, Stiv nunca conseguiu separar totalmente as coisas, era um louco genial, sabia ser um rocker autentico, não se importava com contra indicações, mesmo quando se tornou extremamente frágil, nunca foi fácil lidar com ele, mas amávamos o cara.

SOBRE A ORIGEM DO NOME

A ideia do nome veio de uma sugestão de Miles Copeland, que nos gerenciava, estávamos tentando pensar em um nome, Miles na época gerenciava Sting, e estava começando a se envolver em produções cinematográficas e havia esse filme saindo do papel, um tal de "Lords Of Discipline", Miles achou que era um bom nome para nós, mas apesar de acharmos a ideia legal, o lance de "Lords", não queríamos ficar conectados a um filme, e começamos a pensar em algo e o que veio em mente era algo do tipo uma "nova igreja", apesar de acharmos se tratar de um nome longo, "Lords of the new church", ele soava ótimo e tem aquele lado de todos acabarem sempre abreviando as coisas, no final seríamos os "Lords" e foi assim que aconteceu.

CURIOSIDADES SOBRE A BANDA:
A primeira apresentação dos Lordes foi no mesmo local onde fizeram seu ultimo show, no Marquee, em Londres, na época, em 1981 eles subiram ao palco pela primeira vez como banda de suporte para o The Members.

Há uma lendária conversa entre Joey Ramone e Stiv Bators no começo dos anos 80,no inicio dos Lordes, Joey estava falando sobre os Ramones, como eles estavam melhorando naquela época, depois de tantos anos tocando, do que eles já haviam feito, e do quanto tinham de fazer sempre o mesmo repetidamente e Joey disse a Stiv "Não conheço muitas pessoas que puderam ter uma segunda carreira, começar de novo, fazer algo diferente e Tenha conseguido sucesso".

Nesse ponto, Bators obviamente conseguiu um certo status de culto, mas a arte do verdadeiro culto raramente é lucrativa e não Muitas vezes se aproveitam da boa fortuna, mas ambos lembraram de uma coisa: Wolfgang Amadeus Mozart foi para um túmulo pobre.

Stiv nunca esteve bem em relação ao sucesso, o dinheiro vinha, mas ele sempre estava fudido, ele foi bem sucedido na medida em que podia gravar quando quisesse, tocar e visitar os lugares que queria, tinha o suficiente para viver, não de uma maneira incrível, mas ele sempre conseguia escapar vivo de si mesmo.

Ele sempre se ferrava por assinar contratos estúpidos. Stiv era como a maioria dos artistas, queria ser amado, na fase final da banda, seu distanciamento não ocorreu apenas por causa dos problemas de saúde, ele entrou em parafuso por lembrar de situações passadas e começar a desconfiar de falcatruas nos contratos assinados com os Lordes, nesse ponto varias pessoas em sua volta o influenciavam negativamente, deu inicio a processos judiciais dos quais perdeu, coisas que o isolavam e prejudicavam seriamente sua vida como artista, muito pouco é comentado sobre isso, mas aconteceu.

Carroll, a namorada de Stiv é apontada pela banda como pivô e a encrenqueira suprema que azedou a harmonia entre eles, ela assumia a palavra por Stiv, como uma porta voz, quando indagada sobre o final do grupo ela declarou: "Por que os Lordes se separaram? "É uma longa história. Quando conheci Stiv, ele estava realmente fodido e sem confiança, havia situações pesadas com seu divórcio, as coisas com a banda não corriam bem, ele geralmente estava infeliz. De qualquer forma, houve uma turnê na Espanha e Stiv caiu do palco, fraturou um osso na base da coluna vertebral. Ele não poderia voltar no palco por cerca de dois a três meses e isso o fez perder muito dinheiro. Stiv teve que descansar e fomos para a França. Enquanto isso ele foi surpreendido ao saber que a banda colocou um anuncio buscando outro cantor. Não creio que acreditassem no relatório dos médicos, era como se eles achassem que Stiv estava muito feliz por estar fazendo outra coisa, foi um golpe baixo, ninguém fazia ideia do que ele estava passando.

Em setembro de 1989, Stiv fez um show como "Return of The Living Dead Boys" na The Opera on The Green, em London Shepherds Bush, com uma banda composta por Bryn Merick de The Damned, no baixo, ex UK Sub Alan Lee no violão e o antigo baterista dos "Medics", Vom. Naturalmente, o set list foi composto de músicas Dead Boys, além de um novo material, entre elas, a canção "No Compromise".

Stiv voltou a Paris onde ele e Carroll viviam com seus dois gatos, Satan e Dumbfuck. No início de abril de 1990, seu projeto chamado "Stiv's Something Else" finalmente teve inicio. Uma gravadora local,a Bondage, colocou o dinheiro para uma Semana de gravação nos estúdios EMI em Paris, para que a Stiv fizesse as demos. Ele recrutou Dee Dee Ramone (baixo,Kris Dollimore (guitarra) e Vom na(bateria), Johnny Thunders dirigiu duas faixas e Neal X (ex-SS Sputnik) foi o engenheiro responsável.

As demos seriam levadas para a America onde Stiv planejava conseguir uma banda fixa, e chegou a agendar varias datas, ele estava novamente motivado, haviam 6 faixas finalizadas, que acabaram lançadas no álbum póstumo "Last Race", mas infelizmente não viu aquele sonho se concretizar.



Stiv Bators foi o único dos três amigos conhecidos como "Whores of Babylon" e companheiros de heroína no auge do punk 77 que não morreu devido a uma overdose. Os outros dois membros e amigos, Johnny Thunders e Dee Dee Ramone, morreram por causa disso, Johnny em New Orleans, menos de um ano após a morte de Bators, e Dee Dee pouco tempo depois de ser induzido no Rock and Roll Hall of Fame.

No verão do ano de 1990, Bators, intoxicado, foi atingido por um táxi enquanto atravessava uma rua em Paris. Ele foi levado para um hospital, mas, como dizem, ele abandonou o hospital e foi para sua casa, após esperar durante horas que um médico o atendesse. Alguns dizem que ele morreu enquanto dormia, resultado de uma concussão. Dave Tregunna, no entanto, afirma que Bators, um grande fã de Jim Morrison, pediu-lhe que suas cinzas fossem jogadas sobre o túmulo de Jim Morrison, em Paris. Entretanto, no comentário do diretor (no filme "Polyester"), filme no qual Bators trabalhou, John Waters comenta, a respeito da morte de Stiv Bators, que a sua namorada cheirou as suas cinzas.

De 1992 a 1996, James tocou guitarra com a banda de Bruxelas The Dripping Lips, em 2001, James gravou o álbum "Mad for the Racket" com Wayne Kramer (guitarra), Duff McKagan (baixo), Stewart Copeland e Clem Burke (bateria) o projeto se chamou "Racketeers".

James e Dave Tregunna reformaram The Lords of the New Church em 2002-2003 com o vocalista Adam Becvare. A programação gravou um CD inédito de dez canções e percorreu a Europa na primavera daquele ano.

Depois disso James lançou um álbum solo com sua banda The Brian James Gang em 2006.

Nos últimos anos tem focado em seu trabalho solo e em alguns shows onde revisa seus anos com o "The Damned", em 2015 lançou o album "The Guitar That Dripped Blood", ao lado de convidados como Cheetah Chrome e Adam Becvare.

O ULTIMO SHOW.

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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Sextile

Mais uma das atuais bandas Californianas de post punk, darkwave que vem chamando atenção dos admiradores do gênero.


In Letter Form

"In Letter Form" é um dos atuais grandes expoentes da cena post punk nos Estados Unidos, os Californianos seguem numa pegada Joy Division com categoria e ótimas nuances atmosféricas de guitarras.

The Foreign Resort

Banda oriunda da Dinamarca e que faz um post punk bem feito seguindo a linha explorada pelo The Cure.

Seraphim Shock

Seraphim Shock é uma banda de rock gótico dos Estados Unidos. O estilo da banda é uma combinação de punk rock, música eletrônica, rock gótico e black metal. Por vezes é creditada como uma das últimas bandas a abordar o halloween como tema de suas canções.

Star Industry

Esses belgas são discípulos dos Sisters of mercy, isso veremos muito por aqui, mas eles até que possuem uma boa identidade própria e empolgam, estão na ativa desde 1996.

Soror Dolorosa

Mais um dos grandes nomes do post punk surgidos na França, formaram-se em 2001, na verdade como uma união entre integrantes de outras bandas locais como Nuit Noire, Mütiilation, Peste Noire , Celestia, Darvulia, Fornication.
Ganharam culto, mas gravaram apenas 3 discos até dissolverem-se em 2013, embora volta e meia reúnam-se com uma série de outros convidados para atender aos incessantes pedidos de fãs que deixaram por lá.


The Exploding Boy

Mais um grande nome da cena post punk sueca, na ativa desde 2006 e já com 4 ótimos trabalhos lançados.




White Rose Movement

Banda Londrina de post punk new wave e new romantic formada em 2004, gravaram apenas 1 discos, vários singles e encerraram as atividades em 2010.



Ulterior

Banda Londrina de post punk formada em 2006, chamaram bem a atenção abrindo tours dos The Sisters of Mercy e The Horrors, lançaram dois álbuns até aqui, mas desde 2013 não dão mais sinal de vida.


Veil Veil Vanish

"Veil Veil Vanish" foi uma banda formada em 2006 na Califórnia, fizeram um som bem similar a fase mais pop do The Cure, em 2013, depois de 3 álbuns lançados decidiram dar a carreira por encerrada, sobreviviver nesse mundo não é mesmo nada fácil.

Principe Valiente

Principe Valiente é um dos grandes nomes da cena post punk na Suécia, por lá possuem um verdadeiro culto desde que se formaram em 2007, a pegada é darkwave das boas, inspirado no gótico dos anos 80.



Il mio campo

Il mio campo, projeto post punk atual formado na Ucrânia.

Xeno & Oaklander

Post punk, minimal eletrônico duo formado no in Brooklyn, NY e em atividade desde 2004.

Haus Arafna

"Haus Arafna" é um projeto musical alemão bastante fora do comum, post punk industrial de difícil digestão, apropriado para ouvidos apreciadores do mais esquisito possível, o duo existe desde 1983.

Droids

Mais um achado vindo do relicário post punk Francês do inicio da década de 80, dessa vez falo sobre o post punk da Droids, é legal perceber o quanto a garotada soube apreciar e unificar a chegada do punk, post punk com o uso de elementos de mestres do eletrônico como Giorgio Moroder e todas aquelas trilhas sensacionais do meio da década de 70.

Mathématiques modernes

A França foi durante meados da década de 80, um grande foco de bandas ligadas ao post punk, principalmente com tendências da synth pop e a New Wave, tem material para garimpo de sobra pesquisando aquele cenário durante a época, Mathématiques modernes é um grande exemplo disso.

Charles De Goal

"Charles De Goal" foi um projeto do artista Francês Patrick Blain, seu trabalho sempre oscilou entre o synth, o coldwave e o punk desde 1985 e segue até hoje, mesmo que ainda na obscuridade, e o mais legal dessas descobertas é justamente o que descubro bem longe do foco dos holofotes.

domingo, 18 de junho de 2017

The Sound

"The Sound" é um grande nome na cena post punk, esses ingleses infelizmente tiveram uma curta duração, entre 1979–1988, mas deixaram trabalhos super inspirados, como o segundo e aclamado álbum "From the Lions Mouth", a influencia de Joy Divsion é nítida, mas não soa como uma cópia, ponto para eles.

Clair Obscur

"Clair Obscur", banda francesa de post punk, synth pop formada em 1981 e que encerrou suas atividades em 2009.


The Jesus and Mary Chain

"The Jesus and Mary Chain" é uma lenda, um grande marco da década de 80, influencia explicita para todo movimento shoegaze que veio a surgir depois, esse ano eles laçaram um novo trabalho depois de quase 20 anos de ausência, "Damage and Joy" faz bonito, vale destacar, post punk certo.

Peter Perrett

Sensacional trabalho solo do lendário vocalista da banda punk rock "The Only Ones".
"Another Girl, Another Planet" foi um grande clássico da "The Only Ones" e constou nas listas dos melhores sons da safra punk 77 na Inglaterra, em carreira solo Peter Perrett assume uma veia mais Lou Reed mesclado a pitadas de power pop, genial.


Led Er Est

Banda atual americana de post-punk com elementos de synth pop vinda de Nova Iorque.

Preoccupations

Excelente banda Canadense anteriormente conhecida pela alcunha de Viet Cong, shoegaze, post punk e noise classudo.



Cold Showers

"Cold Showers" é uma das novas bandas do cenário Californiano entre as bandas de post punk, influencia oitentista total na sonoridade dos caras:

Plague Vendor

Mais uma banda do novo cenário Californiano de post punk moderno, bem interessante, vale conhecer.

Bootblacks

Mais uma das novas bandas do cenário post punk americano, a "Bootblacks" formou-se em Chicago em 2005 e já gravaram dois discos até agora.

Sub Rosa

Bela banda post punk bem recente vinda do Brooklyn, NY.

Cold Cave

Darkwave, noise e synthpop formado na Califórnia em 2007, até agora já contam com 3 grandes discos lançados sob aposta do selo Matador Records.

The Danse Society

"The Danse Society" é uma das bandas originais do movimento post punk, justamente quando ele passou a formar uma sonoridade mais melódica e gótica, trata-se de uma banda inglesa formada em 1980, sua formação original durou até 1987 e foi reformulado de 2011 em diante.

Anonymes

Banda post punk francesa do inicio da década de 80, outra das pérolas obscuras do cenário, sonoridade similar ao True Sounds of Liberty.

sábado, 17 de junho de 2017

Children on Stun

Bela banda gótica formada em 1991 na Inglaterra, de sonoridade similar ao The Mission em sua fase inicial.

UK Decay

E falando em bandas de status cult surgidas em Londres no meio da década de 80 não se pode esquecer dos "UK Decay", punk rock clássico na veia que com o tempo foi adotando uma sonoridade mais voltada ao post punk, como muitas bandas fizeram.

The Dark

Outra banda de aparição meteórica surgida em 1978 em Londres e muito pouco lembrada entre a cena inglesa efervescente daquele período, mereciam mais atenção, punk de época com algumas incursões de sintetizadores, status de cult band garantido.

Catholic Spit

Banda Californiana de bela pegada post punk formada em 2010, punch garantido.

The Bellicose Minds

Banda de post punk formada em Portland, nos Estados Unidos em 2009.

Red zebra

Red Zebra foi um grupo cultuado na Bélgica, onde formaram-se no final da década de 70, post punk com aquela tosqueira original do punk inicial.

Christian Death

Não dá para deixar de fora o "Christian Death" de um blog post punk, esses californianos sempre são apontados como uma das bandas seminais do movimento, a banda orignou-se em 1979 e já lançou deenas de discos divididos entres as fases dos músicos Rozz Williams e Valor Kand que tornaram-se linha de frente do grupo.

Acid Bats

Primeira banda mexicana de post punk postada aqui no blog, os Acid Bats já tem uma história e tanto e um grande culto em sua terra natal, até agora já contam com 3 bons discos lançados, interessantíssima atmosfera.

The Gun Club

Esses já são velhos de guerra no punk, post punk e Psychobilly Californiano, estiveram em atividade entre 1979 e 1996, vários integrantes passaram por grandes bandas do underground como The Cramps, The Bags e 45 Grave, a baixista Patricia Morrison ( The Ssiters of Mercy e Damned) também fez parte da formação da The Gun Club.

The Mescaline Babies

Banda australiana formada em 2009 e que faz um post punk com uma pegada mais voltada ao punk, boa dica.

Monozid

Banda alemã de post punk, formada em 2010.

Sex Beat

"Sex Beat" é mais uma pérola perdida do universo post punk, banda grega que também durou muito pouco, atuando entre 1985 e 1986.

Alien Sex Fiend

O que dizer sobre o Alien Sex Fiend?

Esses britânicos formados em 1982 simplesmente viraram a musica underground de cabeça para baixo com sua tremenda esquisitice post punk, o ensandecido vocalista Nick Fiend é certamente referencia direta para muitos malucos que foram surgindo na musica com o passar dos anos, na época a banda chegava mesmo a assustar e era justamente isso o que fazia deles sensacionais.

"Death Trip" foi o ultimo disco lançado por eles, em 2010 e desde então não se tem nenhuma noticia ao certo sobre o paradeiro deles.



Specimen

"Specimen" é uma banda inglesa bem diversificada dentro do conceito de post punk, pois mescla o estilo com pitadas de glam e o gótico tradicional da época, iniciaram as atividades em 1980, ralaram muitos anos até conseguirem um contrato que registrasse algo deles, o que só foi acontecer em 2007.

A primeira formação durou entre 1980–1985, reuniram-se novamente em 2006 e seguem até hoje pelo underground, trabalhando os dois álbuns que conseguiram lançar.

Schwefel

"Schwefel" ótima banda alemã de post punk e belas ruideiras eletrônicas, formaram-se em 1984, gravaram 20 discos, ganharam culto e encerraram as atividades em 2008.

Alien Skull Paint

"Alien Skull Paint" foi um projeto formado em 1998 pelo musico alemão Holger Rixen, synth pop minimalista na veia.

Eat Your Make Up

"Eat Your Make Up" foi formado na França em 2003, post punk de guitarras barulhentas que também não conseguiu manter sua carreira por muito tempo mas que constam em listas de pérolas obscuras do gênero, os últimos registros da banda foram gravados em 2005.

Miguel And The Living Dead

"Miguel And The Living Dead" é uma banda polonesa de post punk e horror punk formada em 2001, lançaram 5 discos mas já encerraram e reativaram as atividades diversas vezes ao longo dos anos, volta e meia ainda se reúnem para tocar em algum pub enfumaçado é fétido pelos becos da Europa.

Grauzone

Esses caras foram cultuados em sua época áurea entre 1980 e 1982, formaram-se na Suíça e emplacar um belo hot synth pop em sua rápida trajetória chamado "Eisbär", musica que ficou conhecida no Brasil ao ter sido incluída na coletânea "German Rock", lançada em nosso país pela rádio Fluminese.

The Anemic Boyfriends

"The Anemic Boyfriends" foge um pouco da sonoridade habitual do post punk, trata-se de uma banda surgida na era do punk feito em 77 nos Estados Unidos, com um forte flerte com o ska, tiveram uma curta duração de 1978 a 1981.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

DHM

Ótima banda Polonesa de post punk bem diferencial.

Infidel

O post punk não é uma musica fácil, ele nasceu de uma miscelânea underground que ecoou forte na década de 80 e manteve um eterno culto, muitas vezes ele pode soar monotono ou repetitivo, pode lembrar demais a sonoridade de outras bandas, mas se você garimpar com entusiasmo sempre encontrará ótimas bandas no segmento, as influencias todas vão estar na formula, mas muitas possuem uma enrgia propria que as diferencia, um desses casos é a "Infidel'.

Eles são canadenses, formaram-se em 2010 e estão em seu segundo registro, uma boa dica.

DADA

"DADA" foi outra das obscuras bandas de new wave que pisaram no solo underground da década de 80, esses americanos de Nova Iorque não duraram muito mas deixaram um ótimo single chamado "Discussing Missile Size' lançado em 1988.

Jad Wio

"Jad Wio" foi uma banda francesa que atuou durante a década de 80 no underground, post punk, new wave e synth com tendências teatrais de sado masoquismo e extravagâncias de todos os tipos, fez um belo barulho enquanto existiu.

Volta e meia retornam para alguma apresentação surpresa para a alegria de seus fãs.

Led Er Est

Banda das antigas no cenário post punk americano com pegadas industriais e boas sacadas de synth formada em 2007 em Nova Iorque.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Paralysed Age

"Paralysed Age" foi uma banda alemã bastante cultuada em seu país, eles tiveram duas fases, a primeira e mais clássica com Marco Neumann, Stefan Kirsch e Michael Knust, entre 1991 e 1994 e um retorno em 1998 como dupla formada por Michael Knust e Andrea Knust onde gravaram dois álbuns e volta e meia dão as caras em algumas apresentações esporádicas.

Under the Skin

Girando alucinadamente pelo mundo do post punk vamos agora a banda polonesa "Under the Skin", pulsante minimal wave de categoria.

Maria Loves Me

Post punk, darkwave formado na Croácia em 2010.

Rendez-Vous

Post punk, new wave, synth pop classico formado em 1983 em Paris.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Asylum Party

Tenho esse fascínio pelo resgate de figurinhas raras entre segmentos musicais ao longo da história do rock, nesse blog eu me dedico ao post punk e sua arvore genealógica, em breve mergulharei em outros gêneros que também possuo um razoável conhecimento.

Não importa que a banda seja nova ou não, que ainda exista ou não, se ela deixou algo de relevante registrado é tudo o que conta.

O movimento do post punk na França sempre foi muito forte, principalmente na década de 80, e a "Asylum Party" fez parte desse cenário da época, foram cultuados por lá, estiveram na ativa de 1985 a 1990 e registraram 3 álbuns.

Little Nemo

"Little Nemo" é outra pérola do post punk que passou batido pelo conhecimento geral, a banda francesa começou em 1983 e resistiu até 1992, mas acabou renovada em 2008 e segue até hoje no circuito underground, gravaram seis discos até 2013 e esporadicamente apresenta-se em circuitos que reúnem bandas sobreviventes da cena.

The Fair Sex

Quando se mergulha fundo no post punk é meio que um caminho sem volta, existem e existiram centenas de bandas que tornaram-se clássicas nesse cenário, mas ao mesmo tempo a quantidade de artistas que começaram suas jornadas e ficaram pelo caminho, no ostracismo é imensa e como admirador vejo importância em tudo isso também. então vamos ver muitas dessas bandas desconhecidas por aqui no blog e que fizeram parte do passado de tudo isso.

Os Alemães da "The Fair Sex" são um desses exemplos, começaram em 1984, tiveram várias formações, varias fases, várias idas e voltas dentro do universo underground, oficilamente deixaram de gravam em 2004, mas há uma longa discografia registradas, ao todo lançaram 13 discos e um dvd que registrou um retorno especial em 1991.

A sonoridade é marcada pela New Wave, Dark Wave e o lado gótico dos anos 80.

sábado, 10 de junho de 2017

Sixth June

Banda post punk eletro pop formada em Berlin no ano de 2007, pegada bem oitentista com o diferencial no uso do saxofone.

Desperate Journalist

"Desperate Journalist" é uma daquelas bandas onde você consegue sentir aquele gostinho saboroso de ícones do post punk anos 80, como Cure, Siouxsie and the banshees, Smiths, ou seja uma banda deliciosa de se ouvir, na minha opinão é uma das bandas mais legais da atual cena londrina.

Clan Of Xymox

"Clan Of Xymox" já é uma lenda do post punk mundial, destaco aqui "Loneliness", faixa que pertence ao mais recente álbum lançado pela banda, "Days Of Black", décimo sexto na carreira deles.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Schonwald

"Schonwald" é um duo post punk italiano que oscila entre o Shoegaze, Darkwave e o Dream Pop.


Linea Aspera

"Linea Aspera" foi uma banda Londrina de Dark Wave, minimal wave e gótico que atuou entre 2011 até 2013, deixou como registros dois ep's e um álbum que foram bem recebidos pela critica especializada .

Drab Majesty

Drab Majesty é o projeto solo de Deb DeMure, o alter-ego andrógino do músico americano Andrew Clinco.

Deb tocou com as bandas Black Mare e Marriages, ambas de sonoridades post punk e alternativas, nesse projeto solo a proposta é New Wave clássica dos anos 80 e pitadas do início da 4AD com uma originalidade futurista.


Mostly Unknown

"Mostly Unknown" é um duo russo Synthpop formado por Dmitry Gruber e Lada Chernomashentseva.

La Femme

Essa banda francesa é espetacular em sua proposta que unifica o krautrock com a New wave, cold wave e psicodelia pop e até a surf music.

Formaram-se em 2010 e até agora já colocaram dois ótimos álbuns na roda, altamente indicado aos post punks mente abertas.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Total Victory

Banda inglesa de Manchester formada em 2007, alterna entre o post punk e o alternativo.

Boy Harsher

"Boy Harsher" é uma banda formada em Atlanta, sua sonoridade é post punk de atmosfera dark e fortemente acentuada pela pegada do tecno pop minimalista.


terça-feira, 6 de junho de 2017

The Screamers

Banda lendária de tecno punk formada em 1975 em Los Angeles, tiveram uma larga influencia sobre o movimento hard core e bandas como The Germs e até o próprio Dead Kennedys, encerraram suas atividades em 1981.

Preoccupations

reoccupations são uma banda Canadense de post-punk, que se formou em Calgary, Alberta em 2012, sob o nome de Viet Cong. O grupo é composto de dois ex-membros da banda Women: o vocalista/baixista Matt Flegel e o baterista Mike Wallace, bem como os guitarristas Scott Munro e Daniel Christiansen. O estilo da banda tem sido descrito como "pós-punk labiríntico".


Whispering Sons

"Whispering Sons", banda post punk de atmosfera densa e sombria sob a voz grave da vocalista Fenne Kuppens.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Futurisk

Futurisk é uma lenda pouco conhecida da new wave e Synthpop obscura dos anos 80, esses americanos lançaram poucos registros na época em que existiram, mais precisamente entre 1979 e 1984, mas ganharam seu culto, pecinhas raras na linha do Devo.


Pink Turns Blue

"Pink Turns Blue" é uma das bandas mais influentes do cenário post punk e darkwave Alemão, formaram-se em 1985 e já lançaram 18 trabalhos, entre álbuns e ep's que foram super bem recebidos por publico e critica, uma banda que possui um culto forte em toda a Europa.

Mundy's Bay

Mundy's Bay é dos nomes atuais do cenário post punk canadense e que mistura elementos de dream pop sob o comando da bela Esther Mulders.

Cryo

Mais um Sueco no pedaço, o duo eletrônico Cryo, projeto em atividade desde 2002 e que faz um som bem interessante oscilando entre o tecno pop e o industrial.

Henric de la Cour

Paul Henric Dornonville de La Cour é um produtor e compositor conhecido na Suécia sob a alcunha de Henric de la Cour, a proposta artística dele transita entre o dark wave, synth pop e o post punk, sua história com a musica começou em 1993 com a banda Yvonne, gravou 4 discos com ela e atualmente segue em carreira solo já com dois álbuns lançados, bem andrógino o cidadão.



Agent Side Grinder

Mais uma banda post punk vinda do fértil solo Sueco, formaram-se em 2005 e atualmente estão trabalhando nas divulgações de seu terceiro quinto.

Embora hoje estejam com uma cara mais post punk tradicional eles começaram sua história bastante influenciados pelo Krautrock e a musica mais eletronica, muitas vezes bem similar a feita pelo Kraftwerk.

13th Chime

"13th Chime" são antigos na cena post punk inglesa, fizeram um agito no começo dos anos 80 mas jamais conseguiram sair dos becos obscuros do underground, talvez porque nunca tenham se interessado em sair mesmo, talvez se considerassem estranhos demais, inacessíveis demais

O vocalista Michael Hand costuma dizer que eles tinham uma aura gótica antes mesmo do gótico existir, sua profissão antes de tornar-se musico era construir caixões e seu quarto sempre foi abarrotado de itens relacionados a Aleister Crowley, o lado gótico era bem real no caso deles.

35 anos depois de terem encerrado as atividades, o "13º Chime" ressuscitou seu som característico com "Noir", uma continuação adequada do que eles faziam há muito tempo.

A história deles é interessante, lançaram várias musicas no inicio da década de 80, chamaram a atenção, mas não conseguiram os holofotes que seus companheiros de palco acabaram tendo para si, como no caso do Killing Joke ou Siouxsie and the Banshees, mas algo inesperado aconteceu em 2009, quando um álbum perdido contendo os singles daquela era inicial surgiu na plataforma do bandcamp fazendo com que eles renascessem das cinzas.

Apesar dos temas lúgubres e mórbidos do goth, seu espírito punk original permanece intacto - e o 13º Chime sobreviveu para provar isso. O retorno deles com Noir é a conexão entre o passado e o presente, uma promessa do apelo duradouro da tribo escura que se sente mais em casa nos recessos cavernosos da noite. Os morcegos ainda voam.

domingo, 4 de junho de 2017

Esben and the Witch

"Esben and the Witch" é uma das bandas que mais tem marcado presença no post punk feito na Inglaterra nos últimos tempos, eles são de Brighton e estão em seu quarto álbum, o ótimo "Older Terrors".




Beastmilk

"Beastmilk" vem lá da Finlândia, o estilo agressivo da banda foi rotulado como um post punk apocalíptico, com influencias de Killing Joke, eles foram umas das bandas prediletas de Fenriz, do Darkthrone, um cara que ajudou bastante a banda a alcançar exposição suficiente para alçarem voos mais altos, porém as brigas internas deram um fim no projeto em 2014, quando parte da banda montou a Grave Pleasures.



Crimson Scarlet

Death rock de pegada o feito pela banda Californiana "Crimson Scarlet", boas massas de guitarras shoegaze e um punch envolvente como base para os ótimos vocais da super talentosa Chelsey.


Holygram

"Holygram", mais uma bela banda post punk entre as novidades no cenário, eles são de Cologne, Alemanha e seguem trabalhando seu primeiro trabalho, homônimo, lançado ano passado.


Principe Valiente

"Principe Valiente" já possui um belo culto em seu país de origem, a Suécia.

Formaram-se em 2007, lançaram 5 trabalhos e seguem divulgando seu recente álbum "Strangers in the night" , boa banda de post punk e darkwave, esperamos algo novo em breve.


Hapax

Novidade Suíça de post punk, dark wave e synth, altamente recomendado.



Garden of Mary

A banda "Garden of Mary" vem de Dallas, Texas, é formada por Ryan: Guitar nos vocais, Noah no baixo, Phillip nos sintetizadores, Adam na batera e Tk na outra guitarra, fazem um ótimo post punk com tendências de Death Rock e possuem até o momento apenas um disco lançado, o coeso "The Agony in Memory".


sábado, 3 de junho de 2017

Por que o Post Punk excerce tanto fascinio em mim?

O fato de ter tido o privilégio de viver ativamente toda a efervescência do cenário rock dos anos 80 pode ser a resposta a essa pergunta.

A busca desenfreada pelos sons e novidades que o mundo nos apresentava fez daquela década mágica, havia muito espaço em minha mente para absorver toda aquela informação de uma maneira que hoje não existe mais, hoje tudo transborda, hoje tudo vive na superficialidade.

Como grande parte daquela garotada, o Heavy Metal também foi um precioso achado, é uma parte que sempre esteve por perto, mas foi no punk que a identificação tornou-se mais real, havia algo nele que podíamos tocar, viver, experimentar de uma forma mais direta, mais simples, mas a ver com tudo o que nos rodeava, éramos suburbanos, éramos revoltados, tínhamos vontade de fazer algo que não nos era imposto e passamos a viver isso nas ruas da noite Porto Alegrense, onde todos os loucos se achavam, havia uma poesia crua naquilo.

Das calçadas do Bomfim aos templos de agito noturno, víamos de tudo, entre todas as faunas exóticas que se descortinavam diante de nós o pessoal do punk nos fazia realmente pensar, havia um manifesto, tinha toda uma cena fervilhando em nosso estado, fervilhando em São Paulo, fervilhando no Brasil inteiro, seguimos a cartilha como tinha de ser, viramos fanzineiros, viramos idealistas, compramos a briga de uma causa, espalhamos as boas novas, tinha tudo a ver com o The Clash, tinha tudo a ver com os Dead Kennedys, tudo a ver com os Sex Pistols.

Hoje, pensando bem, acho que o que vivemos não foi muito diferente do que aqueles garotos de Manchester viveram quando viram os Pistols cara a cara virando a Inglaterra de cabeça para baixo e inventarem algo a partir daquela experiência, vimos um movimento explosivo e vimos as consequências de tudo aquilo agindo nas cabeças de um país inteiro e disso tudo nasceu o que foi consagrado como o rock nacional daquela década.

O punk continuava, mas ao mesmo tempo ele estava gerando uma arvore genealógica diferencial impossível de ser parada e foi onde o post punk nasceu para nós.

Assim como aqueles velhos discos de rock e blues dos anos 50 que desembarcaram na Inglaterra e moldaram cabeças que iriam gerar os Beatles, os Stones e toda a invasão britânica isso de certa forma também começou a acontecer por aqui, com uma outra roupagem, com uma outra estética, com uma outra mensagem, como uma outra dimensão paralela no tempo e no espaço.

O post punk era o punk mas ao mesmo tempo era a new wave, o synth pop, o pub rock, o gótico, o new romantic, o proto punk, podia ser tudo aquilo, por que não?

Das noites infinitas no Taj Mahal, na Disco Voador, no antigo Ocidente, no Fim de Século, na Crocodilos, no Porto de Elis, nos botecos da Osvaldo, suguei experiências sonoras e vivencias que hoje definem o eclético em mim, esse dom de ir e vir sob qualquer segmento que demonstre relevância.

A informação cultural era uma troca de figurinhas, muitas vezes raríssimas, muitas vezes repetidas, as vezes mais comuns e as vezes incomuns e nisso estava a beleza e o encantamento que herdei nesse louco amor que tenho pela musica, como arte, seja na obscuridade ou não.

Tive a oportunidade de conhecer o Madame Satã, em São Paulo pude ver de onde tudo estava sendo irradiado, na época o Rio de Janeiro também era um ponto crucial, sinto por não ter colocado meus pés no Crepúsculo de Cubatão, essa experiência certamente teria preenchido a lacuna que faltava para que esse texto ficasse perfeito ao que se propõe.

O post punk é como o slogan da Bom Bril dentro do punk rock, era o lema do "Do it yourself" e suas mil e uma utilidades, era fazer por si próprio da maneira que fosse, do jeito que desse, podia começar tudo errado mesmo que achássemos que estava certo, podia ficar tudo torto mesmo que achássemos que estava direito, podia estar desafinado mas para nós não, com o tempo e sem que sequer nos déssemos conta tudo ficaria no seu devido lugar, isso me define, é o que eu sentia na vida naqueles tempos e é o que sinto na vida agora.

Por isso o punk e o seu depois significa tanto para mim.

Moscow Metro

Moscow Metro, banda post punk Irlandesa que adiciona forte elementos de showgaze frenético em sua formula.



Supernova 1006

Supernova 1006, duo de post punk Russa formado na cidade de Khabarovsk.


Brat Farrar

Depois de ter tocado ao lado de Bob Dylan, KISS e The Hives com a banda "Russian Roulettes" e derrubar paredes em milhares de bares em tantos países com a "Digger and The Pussycats", Brat Farrar (alter-ego do musico australiano Sam Agostino) resolveu arriscar sozinho para escrever, tocar, gravar, misturar e dominar tudo levando seu som ao nível final.

A fome dele agora é aproximar-se ao máximo possível da obra de nomes como The Wipers, Jay Reatard, Wire, Butthole Surfers, The Spits, NEU !, Primal Scream e The Hex Dispensers.

Brat Farrar é um cara que não se limita à saída musical unidimensional que a maioria das bandas opta quando as coisas passam a dar errado depois de grandes apostas, ele opta pelo caminho contrário, sua obra é louca, desencanada e instigante, vale um boa sacada no que ele anda aprontando.




Fellini

O que dizer sobre o Fellini?

Ao meu ver eles foram uma das bandas mais geniais do rock brasileiro no anos 80, Cadão Volpato, Jair Marcos, Ricardo Salvagni, Thomas Pappon e Celso Pucci marcaram seus nomes na historia e contrariaram o ditado que diz que falar é fácil, difícil é fazer, no caso em referencia a presença de jornalistas e críticos vorazes na formação da banda, eles encararam e mandaram ver bonito, o Fellini tinha essa responsa que não é para todos, alguns outros caras doidões da "palavra" também encararam a musica, o Miranda é um deles, só que não no Fellini.

Estiveram na ativa entre 1985 a 2010 e ao longo desse período lançaram 6 grandes obras musicais que misturavam sonoridades do post punk a bossa nova, entre elas o meu predileto em todos os tempos, o irresistível "Amor Louco".




Steeple Remove

Steeple Remove, banda francesa já bastante conhecida no cenário underground Europeu, o som que fazem é um post punk cinemático com tendências de shoegaze, na estrada desde 2005, bela viagem, isso sim.


Lonely Is an Eyesore - A lendária coletanea da 4AD nos anos 80.

"Lonely Is an Eyesore" foi recebida com unanimidade entre a massa gótica e post punk na década de 80, a coletânea lançada pelo selo 4AD em julho de 1987 anunciava as novas pérolas dentro do cultuado selo dos ingleses Ivo Watts-Russell e Peter Kent.

A 4AD foi fundada em 1979, em Londres, era um dos braços da Beggars Group especializado em rock alternativo, post punk, Dream Pop e ´Gótico da época, fizeram história desde então, tudo dentro do selo era refinado e meticulosamente característico do que eles defendiam como causa, já era tradicional quando ouvíamos uma banda nova e antes de qualquer comentário viesse a exclamação "isso é da 4AD!", eles sempre tiveram mesmo uma cara única.

"Lonely Is an Eyesore" foi um grande presente para nós, legítimos admiradores e caçadores de grandes novidades, a compilação reunia Colourbox, This Mortal Coil, The Wolfgang Press, Throwing Muses, Dead Can Dance, Cocteau Twins, Dif Juz e Clan of Xymox, grande parte desse cast se tornariam grupos cultuadíssimos o suficiente para se tornarem eternos na história da musica alternativa.

Fica difícil escolher um som, mas vou deixar aqui postado duas das musicas que mais toquei em minhas festas alternativas naquela época, bons tempos...



Ash Code

"Ash Code" é um power trio italiano de respeito entre as novidades de post punk, formaram-se em 2014 , na cidade de Nápoles pelo vocalista Alessandro Belluccio, a tecladista Claudia Nottebella e o baixista Adriano Belluccio, a discografia já conta com os albuns Oblivion (2014) e Posthuman (2016).



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Veil Of Light

"Veil Of Light" é um quarteto Suíço de alta voltagem post punk, batidas vibrantes, levadas eletrônicas contagiantes,uma bela dica entre as boas novas do estilo, super recomendado.


Publicist U.K

Publicist U.K. é um supergrupo de post punk, um quarteto que reproduz música incrivelmente vibrante e sombria. A banda é composta por Dave Witte (Municipal Waste, Melt-Banana), Zachary Lipez (ex-Freshkills), Brett Bamberger (Revocation, ex-East of the Wall)) e David Obuchowski (Goes Cube, Distant Correspondent).

Eles conseguem unificar o peso com a sonoridade do post punk de maneira brilhante, vale muito uma conferida nesses caras, já possuem dois discos lançados e aclamados pela critica.




Civil Civic

A "Civil Civic" é uma das bandas que mais me chamam a atenção no atual cenário post punk, o som que eles fazem é genial para quem admira o gênero.

O projeto é um duo instrumental formado por dois músicos australianos, Aaron Cupples (guitarra, synth) e Benjamin Green (baixo, synth) em 2009.

Aaron atualmente reside em Londres, Reino Unido, e Benjamin vive em Barcelona, Espanha. A formação ainda é composta por uma batera eletrônica, um gerador de ritmos que é referido como o terceiro membro da banda e apelidaram de 'The Box'.

Vale a pena dar uma conferida nos dois discos lançados por eles até agora, o homônimo de 2011 e o mais recente "The Test", ultra recomendado!